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Doença de Lyme: Transmissão

Carrapatos são artrópodes ectoparasitas, da classe Aracnoidea, de distribuição mundial, parasitando vertebrados terrestres, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Podem permanecer fixados à pele do hospedeiro por dias ou semanas, secretando uma saliva que impede a coagulação sanguínea e as reações de defesa do organismo no local de fixação. A saliva possui substâncias vasoativas, que induzem a vasodilatação local, facilitando a ingestão de sangue. Os carrapatos alimentam-se principalmente de sangue (hematofagia), mas também de linfa e restos de tecido presentes na pele do hospedeiro. Isto se dá pela alta especialização destes artrópodes ao parasitismo por possuírem peças bucais adaptadas que perfuram e penetram na pele, a fim de obter o alimento. Dadas as particularidades de seus hábitos alimentares, constituem hoje o segundo grupo em importância de vetores de doenças infecciosas para animais e humanos. Entre os microrganismos, transmitidos incluem-se vírus, bactérias, protozoários e helmintos. Pesquisas de campo realizadas em localidades onde houveram casos de Lyme em nosso país, mostraram a ocorrência de carrapatos pertencentes às espécies Amblyomma cajennense e Ixodes loricatus. Acredita-se que o carrapato transmissor das espiroquetas ao homem seja o A. cajennense, pois já se verificou o desenvolvimento da Doença de Lyme após a picada acidental por esta espécie de carrapato. Esse carrapato é popularmente conhecido como carrapato estrela, tem como hospedeiros preferidos os equídeos, mas pode também parasitar bovinos, outros animais domésticos e animais silvestres.


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